Tarifas de Trump Aceleram Fuga de Riscos e Remodelam Estratégias de Investimento Global


Antecipando guerra comercial, corretoras brasileiras apostam em portfólios internacionais desde fevereiro; IA e política econômica dos EUA pressionam mercados


A decisão do presidente norte-americano Donald Trump de impor tarifas sobre produtos importados do México, Canadá e China nesta segunda-feira (10) intensificou a aversão a riscos em mercados globais, reacendendo temores de uma escalada protecionista. O movimento, amplamente antecipado por corretoras brasileiras, levou instituições financeiras a reestruturarem suas carteiras ainda em fevereiro, priorizando empresas globais resilientes a turbulências geopolíticas.

Segundo relatório divulgado pela XP Investimentos, a estratégia buscou mitigar impactos de medidas protecionistas, além de incorporar tendências como os avanços da inteligência artificial, exemplificados pelo sistema DeepSeek. A abordagem reflete uma resposta aos sinais políticos de Trump, que desde o início do ano sinalizou endurecimento em temas como regulação comercial, gastos públicos e relações internacionais.

“O mercado operou nos últimos meses sob a sombra dessas incertezas. As sinalizações de Trump sobre tarifas, combinadas com debates sobre o ritmo da inovação tecnológica, redesenharam o apetite por risco”, afirmou Fernando Ferreira, estrategista-chefe da XP e titular da certificação CFA, em entrevista exclusiva. Ele destacou que a reconfiguração de portfólios focou em setores menos expostos a disputas bilaterais, como tecnologia e energia renovável.

Analistas apontam que a medida norte-americana, embora previsível, expõe fragilidades em cadeias produtivas globais. Enquanto isso, o avanço de ferramentas de IA, como o DeepSeek, tem sido monitorado como fator adicional de volatilidade, já que mudanças regulatórias no setor podem afetar valuations de gigantes do setor.

Com a retórica protecionista em alta, investidores locais reforçam a busca por ativos internacionais — movimento que, para especialistas, deve ganhar força diante de possíveis novas tarifas e da polarização econômica global.

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AÇÕES QUENTES

Operação envolvendo 2 ativos

Compra-se R$ 100 Mil de LFT e vende-se Índice IBOVESPA.

Ganha-se se o Mercado ficar parado 200% CDI

Se cair 5% ganha-se 2% + 5% = 7%

Se subir os mesmos 5%

Perde-se os 5% – 2% = 3

Por probabilidade: um ativo ganha 7% e o outro perde 3%

Daria mais que 2 vezes a chance esperada de ganho.